Empresários brasileiros atingem maturidade

Amuni Ghazzaoui empresários brasileiros na Suíça
Amuni Ghazzaoui: "Eu cozinho com amor, adoro conversar com os clientes e apresentar a culinária brasileira e suíça". (swissinfo.ch)

O sonho de Luciana Monin era voltar a pintar, assim como faz sua mãe, professora de artes desde que a filha era pequena. Deixou a carreira na área de finanças e abriu um atelier de arte próximo a Vevey, onde promove exposições, eventos temáticos e cursos. Amuni Ghazzaoui ama cozinhar e sempre teve tino comercial. Quando menina, vendia para a vizinhança os limões do seu limoeiro, para espanto da avó. Deixou o emprego no setor de Meio Ambiente e montou o Café Moema, especializado em comida suíça e brasileira em Glattbrugg. Já Isa Felder sempre gostou de idiomas. Jornalista de formação, hoje dirige a escola de idiomas World Language em Zurique com dois sócios. Kelly Nielsen se sensibilizou com a cultura do capim dourado do Tocantins e queria ter mais tempo para o filho pequeno. Abriu a loja Almada Bijou, que vende bijuterias on-line, onde revende o produto artesanal principalmente para clientes suíças.

 

Os quatro perfis de empresários brasileiros demonstram o grau avançado da comunidade empreendedora brasileira na Suíça. Nada de picanha ou coxinha, esses negociantes saíram do lugar comum dos produtos étnicos, que vendem exclusivamente para o mercado brasileiro da saudade, e atuam em níveis mais desenvolvidos como o de mercados altamente competitivos.

 

Maturidade dos empresários brasileiros

 

O professor Eduardo Picanço Cruz, que coordena o projeto de pesquisa de Empreendedorismo de Imigrantes e Refugiados na Universidade Federal Fluminense (UFF), explica que a aposta na categoria de oportunidades denominada "Mercados Altamente Competitivos" demonstra claramente a maturidade no quesito empreendedorismo.

 

“Esses empresários focam em um mercado consumidor internacional, tentam se adaptar culturalmente a esse novo público, desafio muito mais complexo. Isso não quer dizer que quem aposte no mercado étnico esteja desatualizado. De maneira alguma, é somente um outro foco de clientela”, explica o professor, que também coordena o MBA Executivo em Gestão Empreendedora da Universidade Federal Fluminense.

 

De acordo com Picanço, esses empresários brasileiros têm perfis parecidos, em geral apresentam nível educacional mais alto, dominam a língua local e a cultura do país onde habitam. “Para atuar nesse mercado, é preciso entender o modus operandi suíço. Geralmente já trabalharam como empregados, compreendem o funcionamento e as necessidades do mercado e aí abrem seu próprio negócio”, explica. Segundo o professor, mesmo lidando com público internacional, o jeito, a simpatia e a flexibilidade brasileira devem ser mantidos como diferencial – isso é o principal “ativo” do empreendedor imigrante.

 

Especializado no assunto e escrevendo livro sobre empreendedorismo em contexto migratório, ele cita o exemplo de empresários brasileiros donos do próprio negócio em Miami, que ganham clientes por aceitarem encomendas de última hora, característica tipicamente brasileira.

 

De acordo com Luciana Monin, ela usa a organização e acuidade aprendidas no mercado financeiro em seu atelier. “Dou aula em vários idiomas, tenho sempre orçamento atualizado e registro dos clientes, disciplina que aprendi trabalhando em bancos aqui na Suíça. O meu lado brasileiro eu uso no atendimento. Sempre ofereço chá com biscoitos, respeito o ritmo individual de cada aluno e dou uma atenção especial às crianças e a seus pais, que podem até pintar juntos com os filhos”, diz a professora e empresária.

 

Amuni Ghazzaoui confessa que lança mão do seu lado latino para atender ao público do Moema Café. “Eu cozinho com amor, adoro conversar com os clientes e apresentar a culinária brasileira e suíça”, explica.

 

Empresários brasileiros: Luciana Monin
Luciana Monin: " Sempre ofereço chá com biscoitos, respeito o ritmo individual de cada aluno e dou uma atenção especial às crianças e a seus pais, que podem até pintar juntos com os filhos." (swissinfo.ch)

Número de empresários brasileiros na Suíça

 

Outros indicadores do desenvolvimento do empreendedorismo na Suíça são o número de empresários brasileiros e a consequente movimentação desse nicho da comunidade no país. Eventos, cursos de qualificação e plataforma de negócios podem ser usados como exemplo dessa ebulição.

 

De acordo com dados fornecidos pelo Ministério das Relações Exteriores, dos 20 mil microempresários conterrâneos pelo mundo, 950 têm sede na Suíça. Apesar de não contar com uma população brasileira tão numerosa, ocupa o quarto lugar no ranking, atrás somente dos Estados Unidos (6 mil), Japão (1,5 mil) e França (1,3 mil). Cerca de 3,1 milhões de brasileiros vivem em outros países.

 

Eventos com empresários brasileiros na Suíça

 

Seguindo orientação do MRE, o Consulado Brasileiro de Zurique tem realizado eventos desde o ano passado. O último aconteceu em março deste ano. De acordo com vice-cônsul Brasileiro em Zurique, Leandro Rocha de Araújo, outros eventos estão previstos para 2018.

 

Durante o encontro, que contou com a participação de cerca de 70 brasileiros, a advogada Fernanda Pontes Clavadetscher pode contar como foi I Conferência sobre Micro e Pequeno Empreendedorismo Brasileiro no Exterior, promovida pelos Ministério das Relações Exteriores em setembro do ano passado. A advogada foi convidada como integrante do Conselho de Cidadania da Jurisdição de Zurique para representar a Suíça.

 

O Consulado ofereceu também aos convidados palestras sobre Como Elaborar plano de Negócios (SEBRAE), Marketing Digital (Loovus Comunicação), Empreendedorismo (Interpreender) e Comércio On Line (Eurora).

 

De olho na tendência, a Interpreender criou cursos e workshops para quem já administra a própria empresa ou quem iniciar o seu negócio. Junto com a Loovus Comunicação, desenvolveu o workshop Empreendendo na Suíça. A Loovus criou a plataforma on line Longe de Casa para anunciar negócios e serviços da comunidade na Suíça.

 

União de culturas

 

Amuni Ghazzaoui é bióloga com especialização em Gestão e Tecnologia Ambiental e tem mestrado em Ecologia na Universidade de Zurique. Mas quem venceu foi a vontade de cozinhar e atender clientes. Montou no ano passado, com o sócio suíço Andreas Portman, o Moema Café, com a proposta de oferecer um mix de pratos suíços e brasileiros. Levam a ideia da mistura das culturas tão a sério que chegam a fazer pastel de Züri Geschnetzeltes (picadinho de carne à moda suíça) e pão de queijo com queijos suíços e biscoito goiabinha de lembrança de natal. Colegas de universidade, dão toque sustentável ao negócio: tentam comprar ingredientes locais e orgânicos e usar o mínimo possível de material descartável.

 

A união das duas culturas deu tão certo que os sócios irão abrir novo restaurante no dia 1 de agosto. A nova localidade será em Eglisau, onde Amuni promete mais novidades, já que terá uma cozinha bem maior que a do Café Moema.

 

Desde 2016, Lu Monin realiza o sonho de trabalhar com arte e comanda o Atelier que leva seu nome. É no espaço anexo à sua casa que a ex-gestora de Patrimônio ensina crianças e adultos os truques e técnicas dos pincéis e das tintas. Criativa, abre o local para festas infantis diferentes e oferece cursos para os pequenos durante as férias e workshops para adultos do tipo “Wine & Painting Night”, que como o próprio nome explica, as pessoas podem tomar vinho e pintar à noite. Desafio maior: a disciplina de trabalhar próxima da família e conseguir separar trabalho e tarefas do lar.

 

Nome do Brasil na Europa

 

Kelly Nielsen chegou à Suíça em 2002. Aprendeu o alemão, trabalhou como cuidadora de idosos até que engravidou do seu filho, há cinco anos. Não queria mais ficar tanto tempo longe de casa e decidiu aprender algo novo. Foi quando conheceu a proposta dos artesãos de Palmas, que fazem bijuterias finas com o capim dourado, e montou a Almada Bijou. Seu foco é o público suíço e venda online.

 

“Como empreendedora, aprendi que não existe achismo. Quero levar o nome do Brasil para a Europa e ajudar a população carente de Tocantins”, conta Kelly, que para entrar no mercado internacional, teve que retirar materiais proibidos como níquel, usados na confecção das bijuterias brasileiras.

 

World Language School: escola de idiomas de empresários brasileiros na Suíça

 

Isa Felder queria fazer diferença na sociedade suíça e ajudar na formação do ser humano. Dessa forma, abrir uma escola de línguas veio de encontro à vontade. Isa defende a ideia de que nada mais importante que falar a língua para facilitar a integração. Formada em jornalismo, tradutora e com capacitação suíça para dar aula para adulto, decidiu a escola junto com os sócios Nelson Adão e Claudia Lopes.

 

A World Language School aposta no diferencial: ensina alemão e outros idiomas com professores de língua portuguesa, o que ajuda no entendimento da gramática e na explicação do conteúdo. A escola de idiomas funciona próxima à estação principal de trem de Zurique e atualmente tem alunos dos cursos de inglês, alemão e até de ioga.

 

Quer aprender a falar outra língua? Faça um bom curso de idiomas

 

Os empresários brasileiros estão "invadindo" a Europa, mais especificamente a Suíça. Mas muito disso se deve ao domínio de outra língua, principalmente do inglês. Para que você consiga também ter sucesso no exterior, o caminho perfeito é se matricular em um bom curso de idiomas. Com a World Language School, você aprende a falar outro dialeto com facilidade e sem pesar no bolso. Por isso, a WLS está abrindo novas turmas para que você fale outros idiomas de uma vez por todas, com dias e horários para todos os gostos.

 

Cursos de idiomas na World Langue School

 

A World Language School oferece o melhor cursos de idiomas para que você tenha amplo domínio de outra língua com um excelente custo-benefício e uma programação diversificada que cabem no seu dia a dia. Confira as aulas oferecidas pela WLS:

 

 

Outros serviços oferecidos pela World Language School

 

  • Aulas de reforço
  • Book club
  • Coaching para autodesenvolvimento
  • Consultoria linguística (revisão e edição de textos)
  • Meditação de cura
  • Workshops e seminários
  • Salas para alugar

 

World Language School: excelência no ensino de idiomas

 

World Language School é reconhecida por sua excelência no ensino de idiomas, proporcionando uma experiência educacional abrangente e personalizada.

 

Benefícios do Curso de Idiomas da World Language School

 

Instrutores qualificados

 

Os cursos de idiomas da World Language School oferece a oportunidade de aprender com instrutores qualificados e nativos da língua. Essa imersão na pronúncia autêntica e nas nuances culturais proporciona uma base sólida para o desenvolvimento das habilidades de comunicação.

 

Metodologia inovadora e interativa

 

World Language School adota uma abordagem inovadora e interativa no ensino de idiomas. A utilização de tecnologias educacionais modernas, combinada com atividades práticas, permite aos alunos aplicar o que aprendem de maneira significativa.

 

Como se matricular no curso de inglês da World Language School?

 

Para se matricular nos cursos de idiomas da World Language School, basta entrar em contato conosco pelo WhatsApp ou preencher nosso formulário online.

 

Ao finalizar o curso na World Language School, você estará preparado não apenas para se comunicar efetivamente no idioma aprendido, mas também para apreciar e abraçar a riqueza cultural que a língua oferece. Matricule-se agora e comece a aprender outra língua!

 

Conheça os fundadores da World Language School

Siga a World Language School nas redes sociais